Segundo a teoria de Aristóteles, o ser humano é um ser político, ou seja, ele encontrou, na política, uma forma de viabilizar as ações de interesse individual e coletivo. Ainda, Aristóteles aponta que existem três formas de governo: a monarquia (governo de um só), a aristocracia (governo dos “melhores") e a democracia/politeia (governo de muitos). Contudo, elas estão sujeitas a degradações decorrentes de interesses individuais dos governantes. Assim, as respectivas formas de governo degradadas são: tirania, oligarquia e demagogia.
No Brasil vige a democracia. A palavra democracia, de origem grega (dhemos = povo + khratos = governo/poder), denota a importância da participação direta do povo, representado pelos cidadãos, detentores de direitos políticos, em sua organização.
A concepção clássica enfrenta dificuldades de aplicação nos dias de hoje, principalmente no Brasil, tendo em vista a dimensão geográfica do país. Um Estado da nação abrange inúmeras cidades e comunidades locais, o que dificulta a participação direta do povo na organização do governo.
Dessa forma, o meio encontrado para as democracias contemporâneas de viabilizar essas situações foi a democracia representativa, ou seja, os cidadãos elegem seus representantes para que tomem as decisões atinentes ao governo. Vale destacar que, por mais que tenhamos a predominância do modelo representativo, ainda existem formas de participação direta dos cidadãos nas decisões, como, por exemplo, em plebiscitos e referendos. Esse modelo, no qual a representação e a participação coexistem, é conhecido no Brasil como democracia mista.
No que se refere à representação no Brasil, ela se dá por meio dos parlamentos e órgãos executivos.
Nas democracias representativas, a relação eleitoral depende de qual sistema de governo está vigente no país: